CUMElança 2017 com a escritora Lis Selwyn + leituras poéticas com Alice Rolezeira, Matheus Durante e Camila Godoi
Mulher lésbica, 26 anos, paulistana. Nutricionista de formação, cursa Direito: "Escrever é minha paixão, mas gosto muito também de ler e jogar basquete. Tenho cinco gatos - hahahaha, todos resgatados! - e dois cachorros". Abramos aspas, mais uma vez, pruma escritora atravessada pelo cotidiano: "Não sei se essas informações são relevantes, mas enfim..."
São, são SIM!
Lis Selwyn, como a maioria daquelxs que tintam seus próprios caminhos via literatura, "olhando as pessoas e imaginando vidas para as vidas" (metalinguagem?), já bem cedo desenha, desse jeito, suas primeiras personagens: "Faço isso desde que me conheço por gente. Mas considero, conscientemente, que comecei a escrever por volta dos meus 12 ou 13 anos." Seus textos iniciais, na esteira das FANFICTIONS - estórias criadas por fãs a partir de produtos midiáticos de grande penetração pop, como blockbusters (publicados no blog da autora www.minhalocadoradeideias.blogspot.com) - foram sues primeiros sucessos. "Percebi que as pessoas leram, gostaram e começaram a me perguntar porquê eu não criava outras estórias como aquelas. Eu sempre escrevi, mas morria de medo que as pessoas vissem o que eu escrevia. Então, guardava nas últimas folhas do caderno da escola ou coisa parecida. Nesse momento, comecei a pensar sobre superar a barreira da vergonha e, antes que eu pudesse perceber, já estava criando coisas e postando-as na internet. A partir do primeiro conto longo que postei e o primeiro livro publicado, tive a certeza que queria fazer isso pro resto da minha vida."
A escritura LGBT - assim como todos os outros produtos (no melhor sentido da palavra, claro) de linguagem que fomentam essas discussões -, tem, desde logo, a essência da visibilidade. "A importância da literatura nas discussões sobre o universo LGBT é exatamente a representatividade. Está na hora de superarmos certas barreiras, sabe? Porquê certas personagens "precisam" ser de um jeito e não de outro?" A autora decifra um caminho e ilumina-o, de novo, pelo corriqueiro: "É só se perguntar: quando somos criança ou adolescente, quantos livros você leu e que eram protagonizados por personagens LGBT's? Quantas vezes você se sentiu representado em um livro?" Mesmo em início de carreira, Lis afirma que seus primeiros leitores foram muito receptivos, apesar da resistência de uns poucos: "Já recebi críticas como: ah, eu gostei das suas histórias, mas porquê elas sempre têm um personagem gay? Quero quebrar isso, sabe?"
Lis Selwyn, como a maioria daquelxs que tintam seus próprios caminhos via literatura, "olhando as pessoas e imaginando vidas para as vidas" (metalinguagem?), já bem cedo desenha, desse jeito, suas primeiras personagens: "Faço isso desde que me conheço por gente. Mas considero, conscientemente, que comecei a escrever por volta dos meus 12 ou 13 anos." Seus textos iniciais, na esteira das FANFICTIONS - estórias criadas por fãs a partir de produtos midiáticos de grande penetração pop, como blockbusters (publicados no blog da autora www.minhalocadoradeideias.blogspot.com) - foram sues primeiros sucessos. "Percebi que as pessoas leram, gostaram e começaram a me perguntar porquê eu não criava outras estórias como aquelas. Eu sempre escrevi, mas morria de medo que as pessoas vissem o que eu escrevia. Então, guardava nas últimas folhas do caderno da escola ou coisa parecida. Nesse momento, comecei a pensar sobre superar a barreira da vergonha e, antes que eu pudesse perceber, já estava criando coisas e postando-as na internet. A partir do primeiro conto longo que postei e o primeiro livro publicado, tive a certeza que queria fazer isso pro resto da minha vida."
A escritura LGBT - assim como todos os outros produtos (no melhor sentido da palavra, claro) de linguagem que fomentam essas discussões -, tem, desde logo, a essência da visibilidade. "A importância da literatura nas discussões sobre o universo LGBT é exatamente a representatividade. Está na hora de superarmos certas barreiras, sabe? Porquê certas personagens "precisam" ser de um jeito e não de outro?" A autora decifra um caminho e ilumina-o, de novo, pelo corriqueiro: "É só se perguntar: quando somos criança ou adolescente, quantos livros você leu e que eram protagonizados por personagens LGBT's? Quantas vezes você se sentiu representado em um livro?" Mesmo em início de carreira, Lis afirma que seus primeiros leitores foram muito receptivos, apesar da resistência de uns poucos: "Já recebi críticas como: ah, eu gostei das suas histórias, mas porquê elas sempre têm um personagem gay? Quero quebrar isso, sabe?"
O Pacto (Editora Metanoia, 2017), livro que acaba de ser editado e terá seu lançamento exclusivo no CUMElança 2017 (segue abaixo a sinopse oficial), "é tenso em grande parte da história e o leitor experimenta essa tensão o tempo todo. Ele navega pelo terror, pelo sobrenatural e pelo suspense", analisa Lis Selwyn. "Estou bastante ansiosa em ver a resposta das pessoas porquê é uma leitura diferente e, além das sensações que já descrevi, ele também tem a função de fazer as pessoas refletirem", completa.
Entre Páginas (Editora Metanoia, 2016) é o livro de estreia de Lis e também passará em revista pelo CUMElança 2017 (segue abaixo a sinopse oficial). Segundo a autora, o processo "começou como um sonho, uma história que acreditei o suficiente até que ela ganhasse corpo, páginas e capítulos. Hoje, ela está completa e aguardando o próximo passageiro embarcar para vivenciá-la." Laris Neal, amiga de Lis - além de professora, revisora, e escritora experimentada - nos fornece outros elementos interessantes do livro: "É um prato cheio para quem adora um bom mistério policial. A leitura flui fácil enquanto quem lê vai tentando montar o quebra-cabeça juntamente com a jovem protagonista Lucy. Ambientada em Dublin, na Irlanda, a história traz algumas curiosidades e descrições sobre o local, fazendo com que o leitor sinta-se dentro daquele mundo, mergulhado nas emoções que o suspense traz."
A principal diferença entre os dois livros, segundo a autora, é que "Entre Páginas" é um livro infanto-juvenil, voltado aos Young Adults (termo que se refere à produções dirigidas aos "Jovens Adultos", com idade entre 18 e 29 anos), e contém referências aos contos de fadas e que, apesar do teor investigativo, mostra com mais foco o desenvolvimento do relacionamento entre as duas personagens; já "O Pacto" traz uma narrativa com elementos bem mais maduros e é definitivamente voltado ao público adulto.
Intervenções Poéticas
Esse ano, o CUMElança também vai apresentar uma série de Intervenções Poéticas de autorxs jundiaienses. São elxs as poetizas Alice Rolezeira e Camila Godoi e o poeta Matheus Durante. Através de seus textos criativos, que ilustrarão a conversa com Lis Selwyn, o público vai entrar em contato com essas produções carregadas de experiências, lirismo e críticas marcantes ao "cis-tema".
Mais sobre xs autorxsAlice Rolezeira, 25 anos, transviada artivista, descobriu na rima uma outra língua para se comunicar com a vida. Além da poesia escrita, fala através das cores e sons, usando a maquiagem e djset para fazer uma colagem de momentos e sentimentos.
Matheus Durante é poeta e escreve desde sempre. Quando criança, descobrindo suas métricas e rimas escrevia o que pensava e assim se encontra até hoje, despejando sentimentos no papel, sem que se sufoque na vida.
Camila Godoi, 45 anos, mulher trans e lésbica. É militante feminista e LGBT, integrante do Grupo CUME, auxiliando as Coordenadoras do Curso de Formação de Promotoras Legais Populares (PLP's). É também vocalista e compositora da banda Clandestinas, tocando contrabaixo e violão.
Então:
O QUÊ: CUMElança 2017 com Lis Selwyn + leituras poéticas com Alice Rolezeira, Matheus Durante e Camila Godoi
QUANDO: dia 16 de setembro, sábado, a partir das 15h
ONDE: Espaço Cultural Barravento - Rua Joaquim Nabuco, 371 - Ponte São João - Jundiaí, SP
QUANTO: Gratuito!
Livros de Lis Selwyn
Sinopse: Filipa é uma jovem enfermeira cheia de planos para o futuro. Mora em um pequeno apartamento no centro de São Paulo com a esposa Melina. Quando o emprego dos sonhos, trabalhar em um dos maiores hospitais de São Paulo, bate em sua porta, ela não pensa duas vezes! Mas, o que Filipa não esperava é que, por trás das paredes brancas e da estrutura do hospital de ponta, existem segredos obscuros que ninguém jamais ousou desvendar. Por obra do destino ou mera curiosidade, a enfermeira se vê, repentinamente, mais envolvida do que gostaria. Sem poder olhar para trás e destinada a desvendar o que acontece naquele hospital, Filipa precisará contar com a ajuda de algo que tentou ignorar a vida inteira. O caminho é estreito e arriscado e, qualquer passo em falso, pode ser fatal.
Entre Páginas (Metanoia Editora - 2016)
Sinopse: Lucy é uma jovem irlandesa criada pela avó. Sempre sonhou em descobrir mais sobre sua história, que nunca passou de um mistério para ela. É no desejo de conhecer o passado que Lucy se aproxima da literatura e conhece o Sir John, um velhinho muito inteligente e cheio de mistérios. O sebo do Sir John torna-se uma segunda casa para Lucy e uma amizade forte e verdadeira surge entre eles.
Uma terrível tragédia muda completamente o rumo da história e um livro sem fim transforma-se em um enorme quebra-cabeça. Com a ajuda da detetive Lyra, Lucy passa a buscar justiça. Algo nasce entre elas, algo que talvez nem as estrelas previssem. E o que Lucy não esperava é que o encontro com as respostas é na verdade um encontro com sua própria história.
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